Salve, São Jorge!
São Jorge é padroeiro da Inglaterra, além de ser festejado na Espanha (sobretudo na região da Catalunha) em Portugal, no Canadá, na Lituânia, na Rússia, na Bulgária, entre outros países. São Jorge, inclusive, é um dos poucos santos venerados pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa. A igreja anglicana também tem Jorge entre os seus canonizados.
Jorge, cujo nome de origem grega significa “agricultor”, nasceu na Capadócia, por volta do ano 280, em uma família cristã. Transferiu-se para a Palestina, onde se alistou no exército de Diocleciano. Em 303, quando o imperador emanou um edito para a perseguição dos cristãos, Jorge doou todos os seus bens aos pobres e, diante de Diocleciano, rasgou o documento e professou a sua fé em Cristo.
A tradição, então, diz o seguinte: Jorge teria nascido por volta do ano 280 d.C. na Capadócia, atual Turquia, e se mudou mais tarde para a região da Palestina. Ao longo da vida, ele se alistou no exército do Império Romano.
Jorge, que era cristão, foi morto em 303 d.C. porque teria se negado a matar e perseguir cristãos — uma ordem direta de Diocleciano, então imperador romano. Por esta razão, conta a história que Jorge foi decapitado no dia 23 de abril. Essa data seria lembrada depois como o dia de homenagens ao santo.
As relíquias de São Jorge encontram-se em diversos lugares do mundo. Em Roma, na igreja de São Jorge em Velabro é conservado seu crânio, por desejo do Papa Zacarias
Nos séculos VI e VII já há padres da igreja mencionando São Jorge. Com o fim da perseguição aos cristãos e depois com a cristianização do Império Romano em 380 d.C., a memória dos cristãos que deram sua vida antes os transformou em mártires", explica Fernando Torres Londoño.
Ao longo da vida, ele se alistou no Exército do Império Romano.
Jorge, que era cristão, foi morto em 303 d.C. porque teria se negado a matar e perseguir cristãos—uma ordem direta de Diocleciano, então imperador romano. Por esta razão, conta a história que Jorge foi decapitado no dia 23 de abril. Essa data seria lembrada depois como o dia de homenagens ao santo.
Como, então, um mártir se converteu em um guerreiro montado em um cavalo, empunhando uma lança diante de um dragão cuspindo fogo? A resposta está na Espanha, a partir do século VIII. "Com as conquistas dos cristãos do norte de Espanha sobre os territórios ocupados pelos reinos árabes, os santos associados à cultura militar tiveram grande valorização, entre eles São Jorge.
Ele passou a ser visto como protetor dos cristãos contra os mouros, como se tivesse aparecido no céu para acompanhar os cristãos nas suas vitórias", diz Londoño. As cruzadas deram ainda mais força à mitologia de São Jorge. Por volta do ano 1096, soldados cristãos rumaram a Jerusalém com o intuito de conquistar a chamada terra santa.
O santo guerreiro virou lenda a partir de 1290. Nesta época, um escriba dominicano conhecido como Jacopo de Varazze compilou histórias dos primeiros santos em um livro conhecido como “Lenda Dourada”. São Jorge estava nas páginas—mas a história do soldado turco ganhou ares muito diferentes.
No capítulo dedicado a São Jorge há a história de uma cidade que sofre com um dragão que queimava casas e contaminava a água. Para acalmar o monstro, jovens virgens eram entregues para sacrifício.
Alves defende, contudo, que "é consenso de muitos hagiógrafos" que, mesmo com tantas versões e reinterpretações, "são fortes os indícios e evidências" de que ele existiu como figura histórica. "Um dos principais argumentos de sua historicidade está na antiguidade e continuidade do seu culto, já evidenciado no século IV, que perpassa não só a baixa e alta Idade Média, mas também a era moderna, permanecendo em evidência até os dias de hoje", diz ele.
O Vaticano atesta que "entre os documentos mais antigos" que indicam "a existência de São Jorge" está uma epígrafe grega do ano de 368 que menciona “casa ou igreja dos santos e triunfantes mártires, Jorge e companheiros".
Oração:
"Ó São Jorge, meu Santo Guerreiro, invencível na fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança, abre meus caminhos. Eu andarei vestido e armado com vossas armas para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem em pensamentos possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estendei vosso escudo e vossas poderosas armas, defendendo-me com vossa força e grandeza. Ajudai-me a superar todo desânimo e a alcançar a graça que vos peço (neste momento, expresse o pedido).
Dai-me coragem e esperança e fortaleceu minha fé diante dessa necessidade.
São Jorge, rogai por nós, Amém".
São Jorge é reconhecido como o santo que nos inspira e ajuda na luta contra os dragões de cada dia. É padroeiro de muitas paróquias e comunidades por esse Brasil, padroeiro dos corintianos, do estado do Rio de Janeiro e da Inglaterra", cita padre Lima. E, lembrando sua apropriação pelas religiões de matriz africana, ele pede "que São Jorge nos ajude a vencer os dragões da intolerância religiosa, do racismo e da violência".