A famosa cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro mistura ingredientes históricos, políticos e sociais que acarretaram mudanças. Ainda no período colonial, o Brasil desde o descobrimento ou achamento até 1815 fora elevado a Reino Unido de Portugal, e as ruas por costume levava a população a conhecer uma rua pelo nome de seu morador mais ilustre. Por vezes, o traço distintivo era uma Igreja. A primeira rua do Rio de Janeiro, aberta na época da chegada dos descobridores portugueses, ficava junto à Igreja da Misericórdia, no Centro, é a rua da Misericórdia. Onde funcionou a primeira alfândega, também se instalou a cadeia pública e, ficou situado o Tribunal da Relação, que mais tarde, veio a sentenciar Tiradentes à morte por enforcamento. A atual Rua das Marrecas cujo nome original era Rua das Belas Noites, tinha a ver com o hábito dos cariocas da época, quando jovens gostavam de sair para um passeio noturno, acompanhadas pelo marido ou outro homem da família. Até em 1785, a prefeitura inaugurou uma fonte no local, tão logo apelidada de Chafariz das Marrecas, porque a água jorrava do bico de cinco marrequinhas de bronze. Já a Rua Sete de Setembro era chamada de Rua do Cano era o caminho aberto para levar até o mar, as estagnadas águas da Lago de Santo Antônio. Somente em 1856 foi rebatizada como Sete de Setembro, em comemoração à Independência do Brasil.  De qualquer forma, as conversas de rua passavam por vários temas de política até amenidades. Uma fofoca muito vívida era os inúmeros casos de amor de Dom Pedro I, Imperador. E, a mais famosa dos amantes foi Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, com quem teve um caso duradouro e teve alguns filhos. Sabe-se que teve pelo menos dezoito filhos registros oficialmente... Era uma advertência da época: não tenha o cio do Imperador!