Gramática da Língua Portuguesa chora.
Hoje a Gramática da Língua Portuguesa restou mais pobre. O notável professor e gramático Evanildo Bechara morreu aos noventa e sete anos. Ocupava a cadeira 33 da ABL desde 2001. Na Academia Brasileira de Letras, assumiu a cadeira que foi de Afrânio Coutinho e contribuiu para o fortalecimento dos estudos linguísticos, atuando também como diretor tesoureiro e secretário-geral.
Criou a Coleção Antônio de Morais Silva e integrou comissões voltadas à lexicografia e à promoção da língua portuguesa.
Bechara recebeu homenagens por sua contribuição à educação e à cultura, como o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, diversas medalhas e obras comemorativas, como “Entrelaços entre textos” e “80 anos Homenagem: Evanildo Bechara”.
Era professor, gramático e filólogo. Era professor titular da UERJ e da UFF. Como filólogo também ocupou a cadeira 16 da Academia Brasileira de Filologia.
Autor de várias principais obras gramaticais da Língua Portuguesa tais como: Moderna Gramática Portuguesa (37.ª edição, Rio de Janeiro; Editora Lucerna, 1999); Gramática Escolar da Língua Portuguesa (1.ª edição, Rio de Janeiro; Editora Lucerna, 2001), e Lições de Português pela Análise Sintática (18.ª edição, Rio de Janeiro; Editora Lucerna, 2004). Era editor da Revista Confluência dedicada aos temas linguísticos e editada pelo Liceu Literário. No período de 1971 a 1976 editou a Littera, destinada aos professores de Português e Literatura portuguesa.
Foi ainda eleito uma das dez personalidades educacionais do Brasil nos anos de 2004 e 2005.
O velório será nesta sexta-feira (23.5.2025) no Petit Trianon da ABL, a partir das 11h. O velório será aberto ao público e acontece na sede da ABL, no Centro do Rio Janeiro.
Enfim, a Gramática e a Língua Portuguesa choram.