Fui uma criança incomum. Ouvia as estórias e contos de fadas e, um dia, inventei que iria haver uma grande festa com todos os personagens. Os três porquinhos, o lobo mau, a chapeuzinho vermelho, a avó da chapeuzinho, a Branca de neve e os sete anões, a Cinderela, madrasta e irmãs, os príncipes, a bela e a fera, a bruxa má, a Alice do país das maravilhas, o chapeleiro e, até, a rainha de copas que gritava: - Cortem a cabeça! Nessa festas, todos os ódios eram sepultados, era uma ode à alegria e de confraternização. Todos entenderiam seus respectivos papéis e se perdoariam mutuamente. Até o anão zangado ficava feliz e o feliz ficava extasiante... Na festa, todos seriam aceitos como são... A Bela Adormecida ficava acordada. E, João e Maria perdoariam os pais e, até mesmo a bruxa. O único personagem que não foi convidado fora a Pequena Sereia. Pois, na festa não tinha piscina. Mas, ela entendeu sem guardar mágoas. Uma novidade chamou a atenção, foi o fato do Gato de Botas ter uma fábrica de sapatos. Mas, não fabricava sapatos de cristal. Rapunzel num ato de rebeldia, cortava o cabelo a "la Joãozinho", e decretava o fim das longas madeixas. Toda a fantasia dos contos de fadas além de prover o desenvolvimento da imaginação, permite a transmissão de valores, bondade, compaixão, afeto e, principalmente, empatia. Os contos de fadas originalmente circulavam de forma oral, quando Hans Christian Andersen, Chales Perrault, os Irmãos Grimm, Chales Dickens e, até mesmo, Monteiro Lobato reuniram e escreveram para perpetuar as narrativas. Na festa além da confraternização, todo mundo se perdoava e, entendia a razão de ser do outro... A fantasia é muito importante para o crescimento emocional do ser humano.