A seta verde apontava para o céu azul. O cone laranja pousava sobre o piche negro. E, as nuvens acinzentadas fugiam dos raios amarelos de sol. A cor rosa da camisa da amiga, ofuscava meus pensamentos embalsamados numa espécie de arco-íris enigmático. Que brilhava como se fosse luz de LED e alternavam as cores. Meu pensamento vermelho manchava as ideias que saiam sapecas, respingando ideologia e sororidade. Outra seta agora vermelha no trânsito. nossa como tem tanta cor no mundo. E, por detrás de meus óculos tudo parecia um filme de Chaplin. Em preto e branco e mudo. Que mundo louco. Eis que a sanidade da fé e da razão escorrem pelo ralo exagerado da rua. Alguém faz o sinal da cruz. Outro, torce o nariz para o cuscuz que era vendido. E, o silêncio com seu manto branco, com a presença de luz, convidava as cores para brincarem e, se espalharem. Pelo menos, para nos deixar esperanças de dias melhores. Espante a tristeza de seu coração. Espante a depressão. Respire fundo como faria um iogue. Os mantras, as semânticas e as métricas delimitam um infinito que começa no afeto e termina com o tic-tac do
relógio da sala. O tempo passa, as essências se vestem das mais variadas cores. Apenas para testar nossa percepção.